segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

It`s over! I surrender...

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Tudo é temporário e eu não consigo mais viver assim...
Não sei se foi eu que acordei, mudei ou o mundo a minha volta está totalmente diferente. Não consigo me acostumar as mudanças, me apego demais de forma diferente do resto do mundo. Eu sempre quero mais, eu sempre preciso de mais. Chega a ser torturante quando as pessoas se afastam mesmo que temporariamente, minha vida parece impulsionada por um estimulo externo, que quando é tirado me sufoca.
Não consigo controlar.. não consigo viver de outra forma, não consigo me sentir diferente.

Pessoas com BPD olham para outros para conseguir coisas que acham difícil de suprir para si mesmos, tais como a auto-estima, a aprovação, e um senso de identidade. Sobretudo, estão procurando por um cuidador atencioso cujo amor-eterno e a compaixão preencha o buraco negro do vazio e do desespero dentro deles.
Concordo com a afirmação, mas não consigo me sentir diferente. Quando me dou conta disso tenho vontade de acabar com tudo, exatamente por não me encaixar nos padrões que as pessoas vivem.

Vou encerrar o post com uma frase de uma borderline que me tocou profundamente, por mais difícil que seja admitir. " Eu me acostumei a aproximar-me de cada pessoa com um olhar amigável na esperança profunda de que cuidariam de mim. Então eu comecei a perceber (com uma grande
dor) que nenhum delesera capaz de cuidar de mim da maneira que eu queria porque embora eu me sentisse como uma criança por dentro, eu me parecia como um adulto por fora.
"

Ser vital...

Hoje assisti Avatar no cinema e durante o filme, um momento em que me chamou muito a atenção foi quando o personagem principal em um de seus video-logs declarava estar confuso sobre quem era, já que vivia há meses entre sua verdadeira "identidade" e o avatar. Num certo momento ele se confunde e já não sabe mais separar quem é.
Esse momento me remeteu a muitos de meus devaneios... quando o desespero, o cansaço, a desesperança batem a porta, a única saída é o "espelho". São aqueles momentos em que me fecho dentro de mim mesma em pensamentos distantes, leituras "pesadas", idéias e planos de auto-destruição que dependendo da intensidade vem ou não a tona.
É uma fuga, sim eu sei... por mais estranho que pareça é um lugar conhecido, possível de ser controlado.. que depois de muita solidão começam a se confundir com a minha personalidade.
Muitas vezes não encontro no dia a dia inspiração real, um lugar onde me sinta segura ou mesma pertencente.. a vontade de abandonar a linha é cada vez maior, já que não me encontro mais lá fora. Pelo menos não mais do que algumas horas.. a sensação é de perda.. é difícil explicar, mas é uma sensação de que tudo acabou e eu fiquei, mas eu não quero mais.. Dá pra entender? Não assim.. não desse jeito.. esse é um mundo que eu não conheço e que atualmente não estou conseguindo cravar os pés no chão.
Ao mesmo tempo que falta base, falta motivação... tenho afeto, ligação forte com algumas pessoas até maiores do que elas possam entender... mas é exatamente isso elas me são vitais e eu sou apenas mais uma.. Enquanto tento firmar minhas raízes, "arrumar" um novo alicerce para me reconstruir, me frustro constantemente porque as pessoas já tem todo um castelo construído.. posso fazer parte mas sou apenas mais uma torre... Queria não precisar tanto do afeto das pessoas.. ou ser igualmente vital à elas!
Sinto falta de ser alguém!