quarta-feira, 21 de julho de 2010

Da sala pro quarto... Do quarto pra sala.... Outro dia tenso.. Phoda!
Ansiosa, deprimida... não sei.. inquieta talvez... O dia vai ser longo.. já estou prevendo!

Os ABCs do TPB by Randi Kreger - Como é ter Transtorno de Personalidade Borderline?



Retirado de um blog que sigo http://mentedesregulada.blogspot.com/

Vou colar um texto que li em seu blog e por vezes parece escrito por mim...

Helena é uma mulher borderline de 22 anos que se mudou de um colégio numa pequena comunidade para uma Universidade, a quilómetros de distância longe dos amigos e da familia. Outras pessoas vêm-na como talentosa e brilhante, embora um pouco preguiçosa. Ela olha para si própria como defeituosa e é reservada porque as pessoas aterrorizam-na.
Para aplacar a solidão, ela por vezes dorme com homens que ela não conhece muito bem, só para sentir a peles deles na dela. Ela agora tem uma alimentação compulsiva; no secundário ela era anóréxica. Ela mantém um diário, da qual foi retirada a seguinte entrada (a gramática e a escrita foram mantidas).

«Por vezes quero ser dependente, quero que tomem conta de mim quero ser amada incondicionalmente quero que todos os outros me entendam plenamente ( a todo o tempo, sem porquês). Eu queros alguém que faça amor comigo, que me ame, que entenda como eu me SINTO, para além do que escrevo neste diário, eu quero realmente tocar em alguém, e quero que alguém me toque. Eu não sei para onde ir, eu duvido tanto de mim, eu não me respeito a mim própria não tenho confiança de que possa fazer o que quer que seja. EU QUERO SER COMO UMA PESSOA NORMAL EU QUERO AMOR VERDADEIRO, sinto-me insegura e cansada. EU TENHO MEDO DE MIM PRÒPRIA E DOS MEUS SENTIMENTOS, TENHO MEDO, HORROR QUE OUTRAS PESSOAS ME MAGOEM, EU NÂO ME CONSIGO ACEITAR A MIM PRÒPRIA EU NÂO ME SINTO EM CONTROLE DO MEU COMPORTAMENTO EU NÂO CONSIGO CONTROLAR A MINHA ALIMENTAÇÂO. Eu penso que se deixasse vir tudo cá pra fora eu gritaria e choraria raiva e medo e desapontamento e raiva e mágoa. Sinto-me como uma criança pequena. Quero alguém que venha e tome o controle e me ajude e me diga que eu vou ficar bem. Eu quero ajudar-me e o meu quarto está tão desarrumado que eu não aguento...Eu sinto que eu alterno entre sentir-me tão morta por dentro como sentir tanta raiva que eu preferiria estar morta! Porque é que eu me sinto tão auto-consciente quando estou ao pé da minha colega de quarto? Ela diz-me que os meus sentimentos são demasiado intensos, que eu sou demasiado longinqua, que levo tudo como sendo uma critica. Porque me sinto tão revoltada quando alguém me diz para abrir-me e partilhar os meus sentimentos? Porque eu permito que me manipulem? Eu tenho tanta fome... Eu sou Eu o meu nome é Helena Helena Helena Helena Helena Helena Helena»

terça-feira, 20 de julho de 2010

Tudo o que mais valia exatamente ela não podia contar.


Uma amiga um dia me disse que falar sobre o que se sente ajuda...

To com raiva das coisas que eu sinto.
De como as coisas me afetam.
De quem eu sou e como eu sou.
De me perder sozinha.
De ficar deprimida por qualquer coisa.
De me apegar demais as pessoas.
De não ser auto-suficiente emocionalmente.
De não ter perspectiva.
De não saber o que fazer.
De não ter controle das coisas.


Cá estou só e cheia de pensamentos e isenta de sensações. Confusa, perdida... Ultimamente eu tenho feito qualquer coisa pra evitar parar pra pensar..
Hoje precisei um pouco disso e percebi que ninguém vai me salvar de mim mesma. Eu posso passar horas com alguém, com a tv, com a internet, mas quando olho pro espelho o vazio permanece o mesmo, apenas quando me permito ser sincera.
Hoje eu nao quero procurar ninguém, hoje eu cansei de fugir de mim.. to tentando pagar pra ver e estar aqui escrevendo é uma tentativa de ser sincera comigo e fugir de alguns cortes...
O chão.. há quanto tempo?!

sexta-feira, 16 de julho de 2010


Hoje uma amiga me mostrou uma música muito linda. A letra é perfeita! Vale postar..

Glitter in the air


Have you ever fed a lover with just your hands?
Closed your eyes and trusted, just trusted?
Have you ever thrown a fist full of glitter in the air?
Have you ever looked fear in the face and said “I just don’t care?”

It’s only half past the point of no return
The tip of the iceberg, the sun before the burn
The thunder before the lightning, the breath before the phrase
Have you ever felt this way?

Have you ever hated yourself for staring at the phone?
Your whole life waiting on the ring to prove you’re not alone
Have you ever been touched so gently you had to cry?
Have you ever invited a stranger to come inside?

It’s only half past the point of oblivion
The hourglass on the table, the walk before the run
The breath before the kiss, and the fear before the flames
Have you ever felt this way?

lalalalala

There you are, sitting in the garden
Clutching my coffee, calling me sugar
You called me sugar

Have you ever wished for an endless night?
Lassoed the moon and the stars and pulled that rope tight?
Have you ever held your breath and asked yourself “Will it ever get better than tonight?”
Tonight

quarta-feira, 14 de julho de 2010


Depois de um dia bom e confuso... aqui estou de novo.
O que me deixa bem é exatamente o que me confunde e é estranho... Situação nova, desconhecida... como eu temo o desconhecido!
Melhor deixar em meias palavras do que romper o silencio e criar um abismo.
As vezes acho que estou delirando e tudo não passa de uma enorme besteira, que minha mente está me pregando uma peça.. das grandes!
Mas então em alguns momentos tudo parece tão real que me deixa sem saber como reagir. É aquele tipo de situação que não há com quem falar e você não sabe o que pensar.
Nunca imaginei me sentir assim e me pergunto constantemente... Meu Deus o que é isso?
As respostas nunca vêm prontas e dia a dia vou construindo ou desconstruindo o que percebo e sinto.
Acho que estou ficando doida ou não...

terça-feira, 13 de julho de 2010

De volta ao espelho


Quanto tempo!
Uma vontade de escrever e me expressar invadem meu ser, ao mesmo tempo tudo fica entalado na garganta ou talvez mais embaixo ainda... É impossível descrever como me sinto, entender como me sinto. Volto mais uma vez pra cá na busca de me encontrar...
Sentimentos estranhos me invadem, nada do que eu já tenha sentido. Procuro explicações e desculpas dentro de mim mesma com medo de aceitar essas sensações. Tudo é novo, tudo é diferente... meus alicerces estão todos distantes e eu começo a me desconhecer.
Confusão... não sei pra onde correr, não há com quem falar. Não quero falar... espero que tudo seja apenas passageiro, mais uma de minhas confusões sentimentais.
Você já teve a sensação de falta de personalidade? De não saber quem é? De ser moldada pelas relações que o cercam? Imagine isso amplificado... Tenho a sensação de não existir... essa necessidade do outro é algo muito complicado e ao mesmo tempo vital. Não sei o que fazer só, não consigo ficar comigo mesma é tão vazio, sem sentido, estranho...
As vezes percorro o caminho contrário, prefiro mil vezes a solidão a qualquer companhia.. nesses momentos sonhar me basta, mergulhar em mim mesma.. Afinal esse é um lugar conhecido, nem sempre bom, mas conhecido.
No entanto, estar com outros e depois voltar a ficar só, mesmo que por um instante faz com que tudo se desestabilize, com que eu não saiba o que fazer.. Me desligar é difícil, dolorido... tudo é tão natural pra todos.. Porque essa necessidade? Essa carência? As vezes acho que não sei viver, tudo parece tão complicado, parece que não me encaixo, e quando estou comigo mesma esses sentimentos e pensamentos gritam dentro de mim.
Cansei de falar para os outros.. acho que passei de um extremo a outro. Quando não falava pra ninguém e escondia tudo de todos eu era apenas estranha a mim mesma quando essas coisas aconteciam.. E não precisava de ninguém, como sempre fiz.. Começar a falar me libertou desses sentimentos que me esmagavam madrugada a dentro, banheiro a dentro, espelho a dentro.. Por outro lado, com medo de voltar ao espelho passei a fugir pra perto de "pessoas especiais" que seguravam minha mão até passar. Agora o que é apenas uma questão de fuga, medo, companhia, parece uma forma de chamar atenção pra quem não me conhece de verdade, se é que alguém realmente chegou ao ponto de me conhecer... Perdi amigos por ser sincera, ganhei alguns olhares de superficialidade por quem não entende e passei a ser vista como alguém que precisa de atenção.
É difícil confiar nas pessoas, principalmente o que é desconhecido, cansei. Enquanto minha psicóloga acredita ser isso um progresso, conseguir falar e entender os fatos, quando o faço fora da terapia pareço uma garotinha mimada... Cansei...
De volta ao espelho, o que é meu é meu... e ninguém precisa saber ou entender.. É mais fácil e mais seguro assim!